Segundo Italo Calvino, raras vezes o leitor foi chamado à frente de uma cena ficcional e neste romance ele põe o leitor no centro da cena.
Nesse romance, o leitor é simplesmente o protagonista. Tudo se resume ao significado dessa peça fundamental da engrenagem narrativa, espécie de "única realidade" que restaria ao romance depois de concluído o ato de escrevê-lo, como uma obra realista.
"Você vai começar a ler o novo romance de Italo Calvino, "Se um Viajante numa Noite de Inverno'", anuncia o autor logo na primeira linha. A frase, como ocorre com toda grande obra, contém o texto inteiro.
Apesar da afiada ironia e do humor, é evidente que "Se um Viajante numa Noite de Inverno" revela o gosto do autor pela reflexão literária.
É óbvio que Calvino destaca a figura capaz de fazer com que um livro deixe a condição de "ser morto" para se transformar num "ser vivo", obra literária.
No fim de "Se um Viajante numa Noite de Inverno", Calvino escreve que, no passado, o sentido último de todos os relatos tinha duas faces: a continuidade da vida e a inevitabilidade da morte. "Se um Viajante numa Noite de Inverno" realiza-se no mundo real, transformando, como se disse antes, os leitores num mesmo indivíduo. Isso acaba permitindo que a continuidade da vida se imponha à inevitabilidade da morte. "
Penso que a obra seja uma brincadeira, porém para quem aprecie este gênero seja boa literatura, um labirinto em que histórias se entrecruzam, tendo por personagem principal um "Leitor" logo coadjuvado pelo "leitor".
Penso que a obra seja uma brincadeira, porém para quem aprecie este gênero seja boa literatura, um labirinto em que histórias se entrecruzam, tendo por personagem principal um "Leitor" logo coadjuvado pelo "leitor".
Trata-se o tempo todo de um jogo, na minha opinião nada fascinante e impossível de resumir, penso que nem conseguiria.
Postado por SIMARA.
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