quarta-feira, 21 de novembro de 2007







"A NEGRA" - Tarsila do Amaral. "ZUMBI"


Avaliação do Curso de Atualização: Desenvolvendo Capacidades de Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas.

Atividade Final: Análise de uma proposta de Leitura e Escrita.

Plano de aulas: História.


PROJETO: “EDUCANDO PELA DIFERENÇA PARA A IGUALDADE”.

TEMA: A LUTA DOS NEGROS, ONTEM E HOJE.
SÉRIE: 3ª séries do Ensino Fundamental.


OBJETIVOS:


Chamar a atenção para o caráter simbólico que essa luta assume na atualidade, pretendemos mostrar aos alunos que, em momento algum, os escravos reagiram passivamente à escravidão. Pelo contrário, foram várias as formas que os escravos encontraram de enfrentar a violência do cativeiro. A fuga para os quilombos, a principal delas.
As relações entre passado e presente se dão, não só pela importância simbólica de Zumbi na luta da população afrodescendente brasileira contra o preconceito racial e a exclusão social, mas também pela necessidade de conhecer, respeitar e valorizar as comunidades remanescentes de quilombos no Brasil atual.




METODOLOGIA:




Serão trabalhados diversos tipos de textos, sempre de forma dinâmica e interativa, a fim de levar o aluno a construir progressivamente um repertório de informações que lhe permitam compreender o mundo histórico e social em que está inserido e o preparem para intervir ativamente na sociedade.




DESENVOLVIMENTO:

- Sempre adiantar aos alunos os objetivos das atividades a serem realizadas, para conferir sentido às tarefas propostas.

Para tornar mais significativa a aproximação dos alunos com a abertura deste tema, seria interessante reproduzir a música Upa Neguinho, de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri, gravada por Elis Regina em 1966.
Após ouvirem e cantarem a música, problematizar a questão da violência contra crianças, comum ao longo da história, de forma geral, e contra as crianças escravas, em particular: por que a criança escrava mal começa a andar e já começa a apanhar? É correta esta atitude?
Essa atividade é importante para trabalhar com os alunos os valores de ética, com o objetivo de reforçar a formação cidadã.
Vista com “naturalidade” no decorrer da história, a violência contra crianças tem sido, desde o século XX, reprovada e combatida com veemência, principalmente após a Declaração dos Direitos da Criança.




ATIVIDADE DE ESCRITA:
Pelo título da música, escreva em seu caderno o que você acha que ela quer dizer. Do que ela fala.



ATIVIDADE DE LEITURA:
TEXTO I (estímulo gerador) - UPA NEGUINHO..
(MÚSICA)

“Upa neguinho
Na estrada
Upa para lá e para cá
Vige, que coisa mais linda,
Upa neguinho começando a andá
Começando a andá,
Começando a andá
E já começa a apanhá!”

Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri.

RODA DE CONVERSA:
A) Quem é a personagem principal?
B) Essa personagem era livre ou escrava?
C) Como era tratada?
D) Você já viu criança trabalhando? Onde?
E) Como viviam as crianças escravas?





TEXTO II - HISTÓRIAS DA PRETA.
(PARADIDÁTICO
)


“Os navios saíam abarrotados da África, cheios de pessoas que eram compradas ali e vendidas em outro lugar.
Durante a travessia, alguns dos apanhados conseguiam se jogar no mar: era preferível escolher morrer a viver escravizado. Outros eram atirados do navio, porque tinham ficado doentes. Até de tristeza eles morriam – uma tristeza chamada banzo, que era a falta que sentiam de sua terra, de sua casa. Depois do desembarque, alguns comiam terra até morrer, e muitos morreram de tanto trabalhar. E era só lutar para não serem escravizados, era só resistir que morriam de apanhar de chicote e outros instrumentos piores.
No Brasil, alguns escravizados conseguiram fugir e criaram os quilombos, lugares onde podiam recuperar o fôlego. Eram espaços de acesso dificílimo, afastados das cidades e das fazendas. Ali eles tentavam organizar a libertação de outros escravizados, para que voltassem a ser pessoas com direitos.
Ás vezes as nações quilombolas associavam-se com nações indígenas nessa luta. A unidade dos índios como povos inteiros ajudava-os nas estratégias de defesa, e o fato de conhecerem a terra, a geografia do lugar, era outra vantagem.
Mas muitos índios também foram escravizados. A quantidade só não foi maior porque muitos deles morriam no contato com os europeus. Já os africanos, por possuírem conhecimentos de mineração e agricultura principalmente, eram os preferidos dos escravizados.”

Heloísa Pires Lima. HISTÓRIAS DA PRETA. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 41-42.

FORMAR AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS E DEBATER:
A) Que formas os escravos encontraram de lutar contra a escravidão?
B) Quais reações você verificou neste texto?
C) Cite o motivo que levou os europeus a escravizar os africanos.
D) Além dos africanos, que outros povos foram escravizados pelos europeus?
E) Os povos africanos receberam alguma ajuda na luta contra a escravidão no Brasil?





TEXTO III INCLUSÃO DA NAÇÃO NEGRA: ONTEM E HOJE.
(Jornalístico)

Em 1670, Zumbi dos Palmares deu início a uma longa luta. Há 118 anos seus ideais permaneciam na batalha travada por abolicionistas. Pessoas que, em 1888, alcançaram uma conquista: os negros estavam libertos. A Lei Áurea era assinada. A guerra entre abolicionistas e escravocratas dava um passo em favor da igualdade. Mas, os escravocratas queriam que os negros permanecessem nas senzalas, afinal, eram mão-de-obra barata. Com a Lei Áurea os negros alcançaram a liberdade, mas não os direitos.
O 13 de maio de 1888 relembra que a batalha dos abolicionistas não foi em vão. O tempo passou e esses ideais não morreram. Prova disso são: em 1951, a aprovação da Lei Afonso Arinos; em 1988, a Constituição declarar em seu art. 5º, que "a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei"; em 1989 termos a Lei Caó que regulamenta o princípio constitucional para combater o racismo; e, em 1997, aprovarmos a Lei 9.459, de nossa autoria, que, entre outras coisas, define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e de injúria. O Estatuto da Igualdade Racial já foi aprovado pelo Senado e está em debate na Câmara. Vemos que os conservadores de hoje não querem sua aprovação e, assim como os escravocratas de ontem, não querem que os negros ocupem melhores postos de trabalho; tenham acesso às universidades; tenham direito à terra, entre outros. Preferem que os negros continuem figurando entre os mais pobres, com os menores índices de escolaridade e os mais baixos salários.
Para eles, seria um erro o Brasil adotar ações afirmativas que beneficiem o povo negro. Dizem que elas aguçariam o conflito racial. Para nós isso acontece ao mantermos o "status quo".
Hoje a maioria das pessoas lutam em favor da igualdade e da justiça. Queremos que o Brasil avance tal como aconteceu nos EUA. Em 1964, depois de batalhas lideradas por Luther King, o Congresso aprovou os Direitos Civis dos Negros Norte-Americanos. Pensamos em uma sociedade idealizada por King em que as pessoas não sejam qualificadas pela cor de sua pele. Sabemos que não estamos sós nessa luta. O Movimento Negro vem conquistando mais e mais simpatizantes à causa. Tivemos avanços no Executivo, por exemplo, com a criação da Secretaria Especial de Políticas para a Igualdade Racial e a aprovação do ProUni.
No futuro, quando já não estivermos mais aqui, certamente gerações comentarão que no início do século XXI o Brasil travou uma grande batalha entre os que queriam assegurar os direitos civis para os negros e aqueles que, como os escravocratas de 1888, pretendiam o contrário negando que o preconceito existe.

12/5/2006 - Paulo Paim* - Jornal O Progresso - Brasil
*(Senador pelo PT-RS)






"Inclusão do negro na educação."

ATIVIDADES ESCRITAS:

- Imagine que você e seu colega fossem dois jovens estudantes da época da abolição e participassem de um clube abolicionista. Que ações vocês poderiam preparar para ajudar na campanha abolicionista? Escrevam sobre isso.


O QUE MUDOU?

- Como ficou a vida dos negros depois que a escravidão foi abolida?
- Já se passaram mais de 100 anos desde que a escravidão foi abolida. E atualmente, como anda a situação dos negros no Brasil?
- Você acha que a existência de uma lei é suficiente para acabar com as práticas de discriminação racial em nossa sociedade? Dê sua opinião e discuta com seus colegas.




Análise da proposta de Leitura e Escrita.


Verifica-se nesta proposta de aula que os textos remetem a outros textos no passado e apontam para outros, no futuro.
Percebe-se também a intertextualidade, com a presença de diferentes gêneros de textos que permeiam a mesma esfera social e política.
Como os objetivos de leitura interferem na forma de ler o texto, eles foram adiantados para os alunos, para ajudá-los no processo de compreensão.
A proposta possibilita que os alunos sejam os protagonista de seu aprendizado escolar. Quando lêem e escrevem os vários gêneros de textos orais e escritos, que os levam a interpretar e estabelecer significados, eles passam a serem sujeitos ativos no processo de construção de seus conhecimentos.
As atividades propostas fornecem subsídios para que os alunos escrevam. Os subsídios dizem respeito ao conteúdo, ao gênero em questão, aos elementos do contexto de produção (finalidade, leitores, local de circulação do texto, etc).
Também os ajudam a construir suas hipóteses, a respeito do sentido do que lêem e escrevem e os conduzem a terem informação e conhecimento e não somente checar suas compreensões.
Para a compreensão dos textos, ficaram claras as informações prévias como: o seu autor, o assunto, a época em que foram produzidos, os objetivos, conhecimentos de outros textos, a data da publicação, qual sua esfera de circulação e o campo de conhecimento com o qual trabalha, porque estas são capacidades de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto.
Estas capacidades são necessárias para que os alunos possam interpretar o texto discursivamente, situando-o. Sem isso, a compreensão de um texto fica num nível de adesão ao conteúdo literal pouco desejável a uma leitura crítica e cidadã onde o leitor não dialoga com o texto, mas fica subordinado a ele.
Ao longo das aulas, os alunos estão constantemente comparando informações de várias ordens, advindas dos textos, de outros textos, de seu conhecimento de mundo, de maneira a construir os sentidos dos textos que estão lendo.
No planejamento das aulas observa-se o trabalho de antecipação, isto é, a predição de conteúdos, a partir das situações de leitura, de suas finalidades, da esfera de comunicação, do suporte do texto, de seu título (ex.: Upa Neguinho), de imagens. Os alunos levantam hipóteses sobre o conteúdo e a forma do texto, trata-se de um jogo de adivinhação.
No caso de uma lacuna de compreensão, provocada por exemplo, por um vocábulo (status quo - texto: Inclusão da Nação Negra: Ontem e Hoje) ou uma estrutura desconhecida, é exercido uma estratégia inferencial, ou seja, é descoberta pelo contexto do texto e pelo significado anteriormente já construído.
Ao longo das leituras, os alunos estarão checando suas hipóteses, confirmando-as ou desconfirmando-as, através das rodas de conversa, da própria leitura, e conseqüentente buscando hipóteses mais adequadas. Portanto, considero este plano de aula bastante satisfatório.
Postado por: Simara.

























































terça-feira, 20 de novembro de 2007



Avaliação do Curso de Atualização:
Desenvolvendo Capacidades de Leitura e Escrita
nas Diferentes Áreas.


Atividade Final: Análise de uma proposta de Leitura e Escrita.


Plano de aula:

Disciplina: Literatura

Tema: Romantismo

Série: 2º Colegial


Objetivos:

v Conhecer o processo e a época que deu origem ao romantismo;
v Identificar suas características;
v Conhecer alguns autores famosos desta fase da literatura;
v Leitura e análise de trechos de algumas obras destes autores.

Metodologia:

v Leitura s e Explicação dos textos pela professora.
v Exercícios de interpretação de textos.
v Análise de trechos de textos poéticos.




Desenvolvimento:



A. Leitura e explicação do texto: "Romantismo", pela professora:


Cópia do texto :"Romantismo".


1. Situação Histórica:

A ascensão da burguesia Européia por ocasião da Revolução Francesa (1789) foi o ponto culminante de um processo iniciado na Revolução Comercial. Essa ascensão econômica e política, implicou a derrocada da aristocracia e na vigência”um novo sentido de vida, baseado na livre iniciativa, na livre concorrência e na distribuição de barreiras rígidas entre as classes sociais”.

Esse ambiente social proporcionou a divulgação, no país, de uma arte que se adequava à nova sensibilidade, por ser, sobretudo, popular em sua essência: o Romantismo.

Esse movimento iniciou-se em Portugal com o poema Camões, de Almeida Garrette. No Brasil, com Suspiros Poéticos e Saudade, de Gonçalves de Magalhães.

É de se salientar que, no Brasil, o movimento assemelhou-se bastante ao da França, como conseqüência da coincidência entre a Revolução Francesa (1789) e a Independência Política (1822), pois, além do pouco tempo que os separou, foram dois fatos de caráter literário; daí o nacionalismo presente nas obras da maioria dos autores românticos brasileiros.


2. Características:

a) Individualismo e Subjetivismo:
Presença do íntimo do autor, o tom pessoal, a visão de mundo é individual; egocentrismo.

b) Sentimentalismo:
A emoção supera a razão, direcionando a atitude artística do autor.


c) Sonho e Fantasia (Fuga da realidade):
Não se enquadrando na sociedade burguesa e nem concordando com ela, os poetas devaneiam em seus universos imaginários.

d) Culto à natureza:
Exercendo profundo fascínio entre os autores da época, a natureza era vista como antítese da civilização.

e) Volta ao passado:
A idade média “é a origem heróica da nação” e no “tempo da infância” representa o paraíso perdido.



3. Poesia Romântica Brasileira

A poesia romântica brasileira sofreu maior influência dos franceses Musset, Chateaubriande Lamartine. Embora os poetas brasileiros tenham praticamente, coexistido, há diferenças consideráveis entre eles.

-Primeira Geração (Nacionalismo e Indianismo)
Marcada pelo entusiasmo Nacionalista, pela exaltação da Natureza e do índio. Autor de Destaque: Gonçalves Dias.

-Segunda Geração (ultra romantismo – Tédio)
Esta geração sofreu influência direta da poesia de Byron e se caracteriza pela imaginação pelo sentimentalismo e pela fuga da realidade. Os poetas optam por virgens intangíveis e cenários exóticos como cemitérios (lócus Horrendus). Autor principal: Álvares de Azevedo

-Terceira geração: (Poesia Social ou Revolucionária)
Esta geração propunha transformação no país. Uma de suas propostas era a libertação dos escravos, sendo Castro Alves seu maior representante.



B.Atividades.

1. Leia as informações abaixo e responda se são C (Certas) ou E (Erradas).

a) ( ) O Romantismo surgiu inicialmente na Alemanha e na Inglaterra por volta do ano 1836.
b) ( ) A segunda geração romântica cultivou uma poesia acentuadamente egocêntrica e sentimentalista.
c) ( ) Álvares de Azevedo é o maior representante da poesia mal-do-século brasileira.
d) ( ) O indialismo é a única linha temática explorada por todas aa gerações de poetas românticos.

2. Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
(Álvares de Azevedo –Soneto)


A) Quais são as diferenças entre Álvares de Azevedo e Castro Alves no que diz respeito ao tratamento da mulher?

B) Tomando como base a questão anterior, responda: se são poetas românticos porque há essa diferença?


3. Que tipo de Herói Manoel Antonio de Almeida utiliza em “Memórias de um Sargento de milícias”?

4. Faça uma comparação entre Leonardinho, herói do livro da questão 3 e Fernando Seixas, de “Senhora” de Alencar. Para responder à questão, você pode enumerar características de ambas as personagens.


O texto abaixo transcrito refere-se as questões 5 e 6.

Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da Acácia silvestre esparziam flores para os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem, almeigavam o canto.
Iracema saiu do banho; o aljôfar d’ água ainda a roreja, como a doce mangaba que corou em manhã de chuva. Então repousa, empluma das penas do gará as flexas de seu arco: e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo o canto agreste.

(José de Alencar - Iracema)


5. A descrição de Iracema é Romântica? Por quê?

6. Retire do texto palavras ou expressões que ilustrem a resposta anterior.




Análise desta proposta de Leitura e Escrita.

O que eu observei pelo plano de aula desta professora é que ela adota uma metodologia tradicional de exposição de aula, onde ela faz o papel de transmissora de conhecimentos. Porém, este tipo de estratégia não consegue prender a atenção do aluno por muito tempo, e ele acaba se dispersando.
Ela não garantiu aos alunos oportunidade de trabalhar as estragégias de leituras, como antecipação, checagem, inferência, etc, estratégias que permitem que os alunos desenvolvam habilidades para fazerem uma leitura efetiva.
Outra grande falha da professora é que os textos foram resumidos e não trouxeram informações necessárias para que o aluno pudesse alcançar os objetivos propostos. Ela não ofereceu suporte para o texto (livros, jornais, revistas, internet, etc). Na ausência desses materiais o aluno ficou impedido de aprender a buscar e localizar informações relevantes por meio de cópias, iluminação, sublinhados, etc. Não houve oportunidade para o aluno fazer sínteses e esquemas significativos porque a professora já trouxe tudo pronto.
Quanto às atividades de interpretação do texto, foram bem elaboradas, mas faltou suporte para que o aluno pudesse desenvolver as habilidades que foram cobradas como: análises, comparações e inferências, pois, pelos objetivos propostos pela professora, é notável que os alunos não leram os livros na integra.

Sugestão: Eu sugiro que a professora mude sua prática, para uma metodologia construtivista, incentivando a pesquisa e o protagonismo juvenil. Por exemplo: a partir do texto que ela trouxe, poderia propor um aprofundamento do mesmo, através de pesquisas das palavras relevantes como Revolução Francesa, para atender ao ao primeiro objetivo proposto; e sobre os autores citados.
Os alunos certamente desenvolveriam habilidades de leitura e escrita se trabalhassem em grupos, com materiais diversificados, do qual, eles tirariam informações e fariam resumos, esquemas comparações, etc, e, é claro, que pudessem contar com o professor, no papel de mediador em suas aprendizagens.
Depois que os alunos tivessem entendido o assunto, o professor poderia sugerir uma troca de experiências entre os grupos, através de uma exposição de aula ou através de um debate.
Como o tema da aula era o Romantismo, a professora poderia propor ainda, como produto final deste projeto, uma coletânea de poesias ou a bibliografia de autores famosos, ou ainda um Sarau de poesias.
Com esta metodologia que sugeri, acredito que os alunos teriam uma aprendizagem bem mais significativa do que com a metodologia proposta pela professora, a qual proporcionaria aos alunos, apenas a memorização dos conteúdos para a prova.

Postado por Cristina

domingo, 18 de novembro de 2007

LER E ESCREVER É COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS.

1ª versão: Sim, ler e escrever é condição para a construção do conhecimento, pois é através dos textos orais e escritos que encontramos informações e que se efetuam as comunicações e representações da realidade.

2ª versão: Acreditamos que ler e escrever é compromisso de todas as disciplinas, porque todas elas possuem linguagens e símbolos específicos e essenciais para a formação do aluno competente para analisar, interpretar, explicar, compreender e se comunicar eficientemente no mundo em que vive.

3ª versão: Quando um indivíduo passa a ler e escrever, um novo paradigma se forma e ele passa a se perceber como sujeito ativo no processo de construção de seu conhecimento, possibilitando que seja o protagonista de seu aprendizado escolar.
Para que a escola cumpra seu papel social, é imprescindível que o professor inove sua prática, adotando o modelo de construção de conhecimentos através das linguagens, de forma que o aluno construa suas hipóteses a respeito do sentido do que lê e escreve e que conduza o leitor a ter informação e conhecimento.
Para que o aluno seja o protagonista de seu aprendizado, o professor poderá utilizar os vários gêneros de textos orais e escritos (leitura e escrita) que os levam a interpretar e estabelecer significados nas várias disciplinas.
O texto é uma forma de organização e transmissão de idéias, conceitos e informações de modo geral, que contribui para a formação de uma geração de leitores capazes de dominar as múltiplas linguagens, de construir seu próprio conhecimento, suas hipóteses a respeito do sentido do que lê e escreve na sala de aula ou no mundo.
Assim, professores de todas as áreas, assumindo sua tarefa de mediadores de leitura e escrita, desencadeiam novos comportamentos na escola, proporcionando oportunidades de construção de sentido e produção de conhecimentos.


sábado, 17 de novembro de 2007

RELATÓRIO CIENTÍFICO




















segunda-feira, 12 de novembro de 2007

UNIDADE 7 - "OS TRABALHADORES SE REVOLTAM: O GRANDE MASSACRE DE GATOS NA RUA SAINT-SÉVERIN".


PREDIÇÃO.

Supomos que o texto aconteceu em meados de 1930, e fará um paradoxo doentio, de poderosos donos de fábricas em um subúrbio na França, com gatos que são espertos e malandros. Porém, foram igualmente massacrados pela revolta de seus funcionários que eram maltratados, escravizados e junto de suas famílias tinham péssimas condições de vida e não tinham a quem recorrer.
Promoveram este massacre como forma de reivindicação para serem reconhecidos como gente, melhorando assim suas qualidades de vida.

A relação que pode haver entre uma revolta de trabalhadores e um massacre de gatos, é que simbólicamente os gatos representarão os patrões.

As antecipações que fizemos na atividade anterior foram em alguns aspectos semelhantes e outros equivocados.
A relação entre a revolta dos trabalhadores e o grande massacre de gatos, está relacionado pelo autor às condições sociais e de trabalho na Paris de 1730, e nós pensamos na Paris de 1930.
Porém, relaciona o massacre de gatos com a vontade que tinham de massacrar seus patrões, pelos mesmos motivos, indignidade com a forma que eram tratados.
Outra semelhança foi do leitor moderno como nós, não entendermos os diferentes hábitos do povo francês, achando repulsivo comparar animais com os patrões e matá-los indefesamente.


A compreensão de um texto depende de informações prévias como: o seu autor, o assunto, a época em que foi produzido, os objetivos, conhecimentos de outros textos, a data da publicação, qual sua esfera de circulação e o campo de conhecimento com o qual trabalha, porque estas são capacidades de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto (interpretação e interação). Estas capacidades são necessárias para que o leitor possa interpretar o texto discursivamente, situando-o. Sem isso, a compreensão de um texto fica num nível de conteúdo literal pouco desejável a uma leitura crítica e cidadã, onde o leitor não dialoga com o texto, mas fica subordinado a ele.
É importante que em sala de aula, questões deste tipo sejam colocadas em diferentes gêneros de textos, e poderá desenvolver as capacidades de leitura interpretativa e crítica, levando o leitor a se aproximar do autor conhecendo seu estilo, a maneira de relatar os fatos abordados, localizando-se no contexto histórico para sua esfera de circulação, trazendo informações e ampliando o campo de conhecimento, melhorando a exploração e o aproveitamento do contexto.



Já no início do texto percebemos que o autor estabelece um diálogo entre a narrativa do operário Contat e sua própria narrativa (..., segundo um operário que textemunhou o fato, ... ...Havia dois aprendizes: Jerome, ...).
O recurso de linguagem que o autor utiliza para introduzir a narrativa do operário, é a voz popular que ele representa, tendo como documento-fonte um relato. É a partir da voz do operário que o autor criou a sua, ou seja a personalidade que fala através do conto.


Antes da Revolução Indústrial só tinha o trabalho artesanal, e as relações de trabalho nesta época era de condição igual a de escravos.
Os aprendizes não tinham salários, trabalhavam em troca de alimentação e moradia que eram precárias. Os chamados oficiais tinham péssimos salários e o mestre que era o patrão, explorava e maltratava a todos.
Quando surgiram as primeiras máquinas deu-se o início do período Pré-industrial.
Com o surgimento das grandes fábricas, as pessoas se especializam fazendo sempre o mesmo trabalho e quem ganha são os patrões, as custas dos operários, até chegar ao capitalismo onde os poderosos controlam tudo.


A simbologia existente na cena de cerimônia de "julgamento e matança" dos gatos se dá quando os trabalhadores associam os gatos a seus patrões, e fazem com eles o que gostariam de fazer com os patrões.
Era a única forma de se manifestarem contra os abusos e a má qualidade de vida que tinham.
Promoveram este massacre como forma de reivindicação para serem reconhecidos como gente, melhorando assim suas qualidades de vida.


O massacre dos gatos foi relacionado às condições sociais e de trabalho na Paris da Europa pré-industrial, porque nesta época estabeleceu-se grande distanciamento entre o operário que vivia em condições de miséria e os proprietários .
Os salários já insuficientes, diminuiam diante do grande números de pessoas em busca de empregos.
Os baixos salários e desempregos geram revoltas e conflitos entre operários e patrões, chamando a atenção sobre a opressão que o capitalismo europeu causou.
Remete também à questão social e ética em relação aos animais (gatos) indefesos, que foram injustamente massacrados.


APRECIAÇÃO DE VALORES ÉTICOS E POLÍTICOS
O que a esposa percebeu na manifestação dos operários, é que o acontecimento ia além daquilo que o marido suspeitou. Já que os operários não podiam atingir diretamente os patrões descontavam sua raiva nos gatos, dando a entender que os próximos poderiam ser eles.

domingo, 11 de novembro de 2007


RELATO COMENTADO 3 - Podemos conhecer o Universo?
Reflexões sobre um grão de sal.


O grande físico e divulgador científico Carl Sagan, define ciência como um modo de pensar do que propriamente um conjunto de conhecimentos.
Seu objetivo é compreender de que forma o mundo funciona, desde as partículas subnucleares até o cosmo como um todo.
A ciência é baseada na experimentação, na disposição de desafiar velhos dogmas, numa abertura para ver o Universo como ele realmente é. Ela procura a regularidade dos fatos e é aberta a testá-los.
Consiste em pensar sobre alguma coisa, em penetrar no âmago das coisas, mesmo que pequena, o que nos dá imenso prazer, porque o ser humano é de espécie inteligente e o exercício apropriado dessa inteligência nos proporciona um bem estar.
Assim, o Universo é incognoscível e se não podemos compreender um grão de sal, menos ainda o Universo. Embora o homem possua hoje um grande conhecimento sobre algumas leis que regem a realidade física conhecida.

O autor acredita que, diante da grandeza da criação divina ou da evolução, dependendo da teoria que adotemos, pouco sabemos sobre tal realidade. A busca pela construção do conhecimento é inesgotável.
Portando, a ciência é o único meio possível de compreender tão vasto e complexo Universo, através da capacidade dos seres humanos inclinados a encontrar leis naturais.
O Universo força os que nele vivem a compreendê-lo; a forma como o mundo funciona.
Acredito que ciência é uma cultura científica que propicia melhores condições para a busca do conhecimento, para os valores da cidadania imprescindíveis para a compreensão da vida cotidiana, para o desenvolvimento do pensamento autônomo e inserção crítica na sociedade.

É o conhecimento ou sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais testadas através do método científico.

Permita-me a comparação: Também vejo o Universo como uma biblioteca. E a biblioteca é por sua vez um Universo.

Postado por Simara.


sábado, 10 de novembro de 2007

RELATO COMENTADO 2 - "O MILAGRE BRASILEIRO".

O texto é uma obra importante, seja pelo aspecto progressista de seu conteúdo, seja pela repercussão que teve, seja, finalmente, pelo fato de aprofundar e precisar a compreensão de alguns aspectos fundamentais de nosso passado.
É um precioso balanço crítico, oferecendo ao leitor orientações seguras no estudo de nossa história.
O texto de Bóris Fausto, traça um grande painel da trajetória de uma das maiores economias industriais do planeta, privilegiando a história do período republicano.
Trata a história como “uma disciplina vital pra a formação da cidadania”, deixando transparecer o substrato social-democrata que fundamenta sua visão da história.
Bóris Fausto descreve o grande processo social e econômico que desembocou no Brasil moderno, da Nova República.
O próprio sentido de cidadania, implícito no texto, denota as intenções democráticas do autor, que revela também o lugar privilegiado que a conquista da democracia burguesa ocupa nesse relato, onde a luta de classes aparece como um fantasma a ser exorcizado.
"O Milagre Brasileiro", de Bóris Fausto, reflete assim, a ideologia da classe dominante brasileira, com sua visão própria da história do país, com sua crítica de algumas mazelas, com sua concepção de democracia e, particularmente, com um projeto de desenvolvimento adequado a seus interesses.
O enigma que ele se propõe a decifrar não é trivial: Quem é o povo brasileiro? Quem somos nós?
Os interesses e as aspirações do povo jamais foram levados em conta, porque só se tinha atenção e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora.
Nunca houve aqui um conceito de povo, englobando todos os trabalhadores e atribuindo-lhes direitos. Nem mesmo o direito elementar de trabalhar para nutrir-se, vestir-se e morar”. “O que houve e o que há, é uma massa de trabalhadores humilhada e ofendida por uma minoria dominante, espantosamente eficaz na formulação de seu próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente”.
No Brasil nunca houve um Estado de bem-estar social.
Não deixa de ser surpreendente que este verdadeiro “estado do mal-estar social” originado da inflação que veio a galope, dando coises nos salários.
O Ministro Delfim Neto, achava que "primeiro o bolo deveria crescer, para depois ser dividido". Aí esta a grande empulhação da ditadura: o Brasil teve um grande crescimento econômico e sua renda per capita ficou bem maior. Mas o bolo foi comido pelos ricos.
Em suma, a ideologia que fundamenta a criação de um verdadeiro “estado do mal-estar social”, é de que os cidadãos não têm mais direitos sociais básicos assegurados e ficam à mercê das forças selvagens do mercado.
Postado por Simara.